A véspera e o grande dia!

Bom, tinha planejado que minha mãe, ou minha amiga do serviço ia me levar e me buscar, ai meu namorado iria ficar comigo nos primeiros dias, no final das contas ele me levou, me visitou, me buscou e ficou comigo, vou dizer, como é bom poder contar com quem a gente ama, ele foi um exemplo de namorado, assim é meu príncipe s2.
Voltando pra história, tive que passar a noite no hospital, precisei ficar controlando os pensamentos, ficar direcionando eles pras coisas boas, pq Deus me livre só pensava no pior, queria fugir, mas fiquei me controlando o tempo todo, meu lindo me deixou la no hospital e foi embora, eu sozinha naquele quarto, pensava em não dormir pra não chegar o outro dia, oia as idéia, como se adiantasse, num tinha jeito, acordei de hora em hora.
Seis horas a enfermeira entrou, pediu que eu tomasse banho, que logo menos ela iria me buscar, gente, que sensação desesperadora, mas eu não ia recuar, não agora, tomei banho e esperei.
Acho que umas 7h30 ela veio, essas hora eu já não era mais eu, tava gelada de medo, minha cabeça tava a mil, mas da minha boca não saia nada, ela foi tentando puxar assunto, me acalmar, mas eu mal falava, lembro que as poucas palavras que saiam era  "tô com medo" "porque fui inventar?", me colocaram na maca, vinha uma enfermeira, fazia perguntas, vinha outra e mais perguntas, eu respondia e depois continuava com meu mantra  "tô com medo" "porque fui inventar?" só falava isso, de repente, aparece o Dr. Guilherme, fala pra mim " que você ta reclamando menina?" e eu la com cara de choro, de verdade nem lembro que respondi, ele foi fazer a marcação da cirurgia e eu adicionei mais uma frase pro meu mantra, " não me deixa despeitada", o médico, a assistente (acho que era), a anestesista começaram a conversar entre si e eu lá com meus pensamentos, não conseguia prestar atenção em nada.
Me deitaram, colocaram uns adesivos nas minhas costas, detalhe, cada vez que encostavam em mim arregalava um zóião ai me explicavam o que era todo calmo, tava parecendo uma doida de verdade, então, os adesivos com uns fios pra monitorar sei la o que, um braço furam a veia que vai receber medicação e na outra monitoram os batimentos, acho que é isso se o medo não me causou uma amnésia, a anestesista colocou uma mascara em mim e falou "é oxigênio, inspira" e puff apaguei.